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Compañero Diário II

junho 12, 2007

Continuando nossas andanças por Havana o que mais chama a atenção são os outdoors, que lá não anunciam carros novos, lançamentos imobiliários ou promoção de supermercado; são os slogans revolucionários alguns engraçados, outros patéticos…será que marquetológicamente isso funciona?

             

E por falar nele…El Che é onipresente, é impressionante, em toda birosca, casa de família, lojinha, táxi, ônibus tem um retratinho dele (que aliás era muito bonitinho mesmo) .  Ele é o santo de devoção oficial da ilha.  E o curioso é que ele era argentino…

  

Depois de tantos anos de repressão, os movimentos artísticos vão começando a se mostrar, e já se pode encontrar uma porção de ateliês com exposições de artistas plásticos, além de pinturas murais.  Aliás, falando em arte…um fato curioso: o Museu da Revolução, que é a cerejinha do bolo socialista é mal cuidado, empoeirado e tímido, no entanto, o Museu de Belas Artes é lindíssimo, climatizado, setorizado por época e país, muito organizado…como será que os “compañeros” conseguiram resguardar aquelas obras de arte no meio da revolução????

            

Depois de uns dias, nós fugimos da bolha turística da Habana Vieja e fomos nos hospedar na casa da Clara, que recebe turistas do mundo todo.  Ela e a família são muito simpáticos e ajudaram a desfazer o mito da igualdade social: eles vivem num confortável apartamento de três quartos (suites) no Vedado, com vista para o Malecón, num prédio com elevador e água quente e oferecem um ótimo breakfast. 

           

Como nativa e acostumada a turistas, Clara deu ótimas dicas de comida e praia.

             

(acima: camarõezinhos no El Pátio, e franguinho no Paladar da Mulata).  Não sei como consegui me recuperar do vício nos mojitos.  Todo dia, toda hora, tudo era desculpa pra tomar um mojitinho aqui e ali.  Como aquilo é refrescante!  Aliás, por mencionar os vícios, acabei “incorporando o Caboclo Ernest” na Bodeguita del Medio

Tivemos também a rara oportunidade de participar de uma festa da santería em homenagem a Oxum (Ochúm) na casa de uma família…festança!  Muuuuuita comida, música e dança, além de uns passes da dona da casa.