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Mississipi e Capibaribe?

junho 29, 2009

Como todo ano, lá fui eu pro Rio das Ostras Jazz e Blues Festival.  Como todo ano, fiquei apaixonada por um show.  Esse ano nem foi uma novidade, pois o Jefferson Gonçalves  já tocou naquele palco pelo menos umas duas vezes, mas dessa vez o show dele literalmente levantou a platéia, que curtiu a  sonzeira até debaixo d’agua, pois caiu uma tempestade no final do show que não foi suficiente pra esmorecer o ânimo da platéia 

Chuvarada

Só que dessa vez ele fez um show em parceira com um baixista cearense de 13 (tre-ze!!!!) aninhos, que já é uma estrela supernova, arrasa num palco grande como gente grande: o Pipoquinha. 

A proposta do show é juntar a sonoridade azul do Mississipi com a batida auriverde de Pernambuco, e não é que deu certo?

Teve ainda um show dele no palco da Lagoa do Iriry, à tarde, sob sol forte, e foi o mesmo sucesso.  Fiquei esperando tocar uma música menos ótima pra ir embora e não consegui sair.

Jeff IrirY

Na verdade a grande atração do festival era o bacanérrimo Spyro Gyra, que mostrou um som redondinho e suingado, com uma simpatia quase brazuca

Spyro clap

O  troféu simpatia ficou com uma moça tímida, parecida com a Cássia Eller no início da carreira, mas uma voz de responsa, a Wendy Lewis, que tocou com o Trio Bad Plus 

Bad Plus

Mas a grande revelação pra mim foi a Big Time Orchestra, de Curitiba, que compareceu comme il faut, e botou o povo todo pra dançar.  Pena que minha máquina teve um piripaque nessa noite…

Viva o iutube dos outros, que permite roubos descarados, némess?

E viva a prefeitura de Rio das Ostras que produz esse festival tão legal, 0800, num espaço aberto a quem quiser chegar.  Tomara que tenha mais ano que vem.

Até pro ano

Taryn Szpilman

agosto 27, 2008

O Festival de Jazz e Blues de Rio das Ostras 2008 foi bacanérrimo, como sempre, só que esse ano eu não pude documentar tudo, como no ano passado.

Todo ano eu descubro alguma novidade (pra mim, né?) no “universo azul”.  Dessa vez quem arrebatou meus ouvidos e meu coração foi uma moça linda e gravidíssima (não sei como ela não pariu em cima do palco, com aquela barulheira toda).  Nesse vídeozim ela ar-ra-sa numa versão de Georgia on my Mind.  Vê seu tô certa:

Rio das Ostras Jazz e Blues Festival

julho 19, 2007

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Viajar pra Região dos Lagos no verão é um programa de índio, cotação 5 machadinhas, mas na época do outono/inverno (ainda que isso no Rio seja somente uma figura de linguagem) é uma das melhores idéias que uma criatura sensata pode ter.  Começa por cruzar a ponte Rio-Niterói, ver o skyline do Rio (mais lindo que o de NY)  e chegar a uma pacata cidadezinha do interior, talvez um pouco inchada pelos royalties do petróleo.  Restaurantes atenciosos, pouca gente nas ruas, vagas para parar o carro e um clima civilizado.  As praias parecem ser outras, não aqueles infernos lotados de verão.

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A muvucada praia da Joana, versão outono/inverno

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A Praia Virgem, geralmente vazia mesmo.

Mas como tudo na vida, a grana do Black Gold também trouxe algumas coisas boas, a melhor dela é o Festival de Jazz e Blues, já na sua 5ª edição.  Um festival surpreendentemente bem organizado, com atrações internacionais maravilhosas e um público educadíssimo.  O festival acontece sempre no feriado de Corpus Cristi, pra trazer turistas numa época mais propícia a fondues e lareiras (de novo, só hipotética aqui no RJ).  Nesse dias fez um solzinho gostoso, deu até pra dar um passeio de, humm, “barco” (ou pedalinho motorizado) até uma ilhota em frente à praia de Costa Azul.

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Os shows acontecem ao ar livre e são GRÁTIS!!!!!, em palcos armados na Praia da Tartaruga, na Lagoa do Iriri e no camping de Costa Azul.  É surpreendente que um festival gratuito, bancado exclusivamente pela prefeitura tenha um nível de qualidade tão alto.  A iluminação e o som foram perfeitos, impressionando até os artistas.  No palco de Costa Azul foram montados uns restaurantes ótimos, filiais dos bons restaurantes da cidade, sob tendas grandes das quais se podia assisitir os shows pelo telão.

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Até a lua veio ver o festival…

O “sarau” foi inaugurado com a apresentação da Orquestra Kuarup, de jovens músicos da cidade acompanhados pelo flautista David Ganc.  Com um repertório jobiniano/clubedaesquiniano foram conquistando a platéia e mostrando muito talento.

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Na mesma noite apresentou-se o inenarrável Naná Vasconcelos com uma banda maravilhosa que incluía o violoncelista Lui Coimbra.  Eles fizeram todo mundo dançar e cantar até as duas da manhã.

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Na noite seguinte fomos apresentados a Michael Hill, com uma pegada política e muito suíngue, acompanhado de uma banda muito boa, com um baixista bacana (que eu esqueci o nome). Ele reclamava o tempo todo de um tal “Black Gold”…será que ele sabe quem pagava o cachê dele????

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Na mesma noite apresentou-se o novo darling da música instrumental, Hamilton de Holanda com seu bandolim, que, como todo mundo que se apresentou ali, parecia que estava se divertindo muito.

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Durante os intervalos, nós fomos presenteados pela impagável Dixie Square Jazz Band, que desfilava seus exóticos intrumentos e tocava os hits dos blues lá do comecinho de New Orleans pelo meio do público…que delícia!          

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A noite de sexta começou muito bem com o Steford Harris Quartet, que tocava uma espécie de mega-xilofone e também pôs o povo pra remexer nas cadeirinhas de praia.

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Aliás, eita povinho mais educado! Tinha gente trazendo taças de vidro para beber vinho na platéia.  Gente de todas as idades curtindo o som ci-vi-li-za-da-men-te, sentadinhos em suas cadeirinhas de praia.

Mas o que eu mais gostei mesmo no festival foi um tal de Roy Rogers, que eu não conhecia e me apaixonei.  A relação dele com o violão (que ele faz virar guitarra) é mais carinhosa e produtiva que muito casamento por aí…

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O ritmo do cara é que nem gripe, pega em todo mundo, ninguém deixava o homem sair do palco.  No dia seguinte repetimos a dose no palco da lagoa do Iriri, sob um sol escaldante, pra tentar comprar um disquinho, mas já estava esgotado.  Ainda bem que existe a Amazon.com

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A última noite do festival começou deliciosa, com a Luciana Souza fazendo um dueto com o Romero Lubambo, cantado samba, bossa-nova e até forró.  Depois vieram Ravi Coltrane (é o filho) e Robben Ford, um californiano bacana.

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Pra encerrar essa festa tinha que rolar uma “Jam Session” de responsa, né?

Poizé, juntou o Mister Simpatia Michael Hill,  o Big Gilson (do Big Allambik) e o Big Joe Manfra, que é um dos organizadores da farra, aí o povo levantou e começou a pular, não teve mais como segurar…VALEU!!!rostras-080.jpg

A minha câmera fez uns filminhos de um minuto cada um, com alguns “the best” dos shows, vou tentar inserir essa novidade aqui no meu botequim.  Até lá.rostras-048.jpg