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Encore Paris

janeiro 14, 2008

 

 Começo esse post abrindo um parêntesis para a música do Paco Pigalle, um DJ francês que apresenta um programa dominical na Oi Fm. Dá um cliquinho lá pra “entrar no clima” da França bacana, moderna e clássica ao mesmo tempo, o repertório é delicieux.

Quinta-feira, 08/11 – Continuamos nosso lerê pelos museus, só que o de hoje foi o mudernérrimo Centre Georges Pompidou, Beaubourg pros íntimos.  A arquitetura do prédio é um barato, sonho de todo arquiteto descolado: muita tubulação aparente, estruturas de aço e vidro, escadas externas e, last but not least, um acervo moderníssimo, com os artistas mais representativos da “mudernidade”.  Ao lado do museu tem uma pracinha com um espelho d’agua cheio de esculturas móveis, as Nanas (mocinhas, na gíria local – estrelas do vídeo acima).  Nem precisa dizer que o prédio tem uma vista de tirar o fôlego, né?

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Como o Beaubourg fica pertinho do Marais, continuamos explorando nosso passe de museus (ou mapa de peregrinação cultural, se preferir) e fomos visitar o Museu Carnavalet, que conta a história da Cidade de Paris, com direito a pedacinhos do prédio da Bastilha.  O museu é lindo e muito bem montado, o jardim parece cenário de tão bonito, mas o NOSSO conceito de visita a museus prevê mais ou menos umas duas horas.  Em Paris, isso não dá nem pra se desvencilhar do papo do vigia de cada sala! No mínimo uns três dias de caminhada em cada museu só pra uma “vista d’olhos” no acervo, excluindo-se o mega-museu Louvre, que demanda uns oito anos de visitas diárias só pra entender o sentido da organização histórica das peças.

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Na esquina no Carnavalet fica um outro museuzinho interessante, o Picasso.  Existem vários “Museus Picassos” pelo mundo afora, eu achei que esse aqui merecia um acervo mais amplo, já que o catalão viveu aqui por tanto tempo.

Depois de tanta cultura nós resolvemos nos entregar um pouquinho aos prazeres do consumismo e fomos gastar uns eurinhos na Printemps, ao lado das Galeries Lafayette (toda paramentada para o Natal). 

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 Lá tem stands de todas as lojas de griffe de Paris, como se fosse uma Feira da Providência chique: alta costura, chocolates, chás, bolsas e malas, tá tudo lá.  E aqueles mapinhas que os hotéis fornecem dão direito a um descontinho nas compra$$$$$.

Por puro acaso e cansaço acabamos jantando num restaurante atrás do hotel que se tornou a maior descoberta da viagem: chama-se Le Manège de l’Ecuyer (6, rue de la Sourdière – tel: 01 49 27 00 64 – não tem saite ainda) e é pilotado pelo Camèl, que ficou nosso amiguinho, nos ofereceu escargots e nos apresentou ao Bar, um peixinho francês de se comer rezando.  De sobremesa fez um Crème Brulée e um suspirinho de limão cuja receita ele diz que é secreta.  O restaurante é bem pequeno e escondidinho, mas o chef é uma simpatia.

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Sexta-feira, 09/11 – Hoje é o último dia do nosso querido passe de museus.  Sabe, eu acho que o grande barato dessa peregrinação cultural é se deslocar de um lugar pra outro, observar as pessoas nas ruas, andar de ônibus e metrô, subir num ponto descer no outro, brincar de ser parisiense, prestando atenção na atitude dos habitantes “de la ville”.  Entre uma experiência sociológica e outra, a gente visita uns museus pra “agregar valor” à viagem.

Nossa próxima foi o Museu Rodin, na “Rive Gauche”.  Depois de assitir ao filme Camile Claudel, é assombroso ver aquelas esculturas todas ali pertinho, ao toque da mão, parecendo vivas, caminhando pelos jardins.

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De lá, mudamos de estilo para o arrojado Quai Branly, um museu  … hum …”étnico”.  As instalações são moderníssimas, parecidas com o Museu da Língua Portuguesa, lá em Sampa.  Tudo multimídia, em salas com iluminação dramática, muitos terminais de consulta, mas nem uma palavra sobre o Brasil ou o Japão… num inteindi 😳

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Seguindo mais uma vez a dica da Maria Lina, fomos bisbilhotar os toilettes mais limpos de Paris: é um barato! São limpíssimos mesmo (também, por 1,50 euros…) e tem uma lojinha pra vender uns gadgets super legais.

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Terminamos o dia no Arco do Triunfo (nós e todos os japoneses que por ventura estivessem em Paris naquela noite…)

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Sábado, 10/11 – Chega! Cabô! C’est fini o passe de museus…OBA! Viva o consumismo, capitalismo na veia, frivolidades já!  Refizemos todo o circuito cultural, só que agora com olhinhos de  mulheres com cartõezinhos de crédito aprisionados no fundo da bolsa.  Entre uma echarpe e um perfume aproveitamos pra fotografar algumas fachadas legais. 

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Domingo, 11/11 – Hoje acordamos mais tarde e fomos caminhando até a Place de la Concorde.  Adivinhe quem estava lá nos esperando?

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O Sarkozy!  Já que o Fidel deu bolo em Cuba, ele veio nos receber pessoalmente.  Ou se preferirem, nós cruzamos com a cerimônia de celebração do fim da 1ª Guerra Mundial.  Eu prefiro a primeira opção.

Em seguida (eu não acredito…) fomos ao Gran Palais, ver a exposição do Courbet, que não estava incluída no nosso famigerado passe (que mania de museu!).  Valeu a pena cada um  dos 78 minutos que ficamos na fila (sim, porque como eu já disse lá no primeiro post, parisiense adora uma fila, ama um museu, fila pra museu então, é programa familiar para o domingo todo) A exposição estava bacanérrima, apesar de estar muito cheia.

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Terminamos o domingo em Montmartre debaixo de uma chuva fininha, passeando pelas ladeiras, consumindo nas lojinhas, comendo croissants com café e assistindo a missa na Basílica de Sacre-Coeur.  Como estava prevista uma greve dos transportes para a próxima semana, o padre pediu que os fiéis subissem a pé para valorizar o sacrifício da novena 😀 A chuva era o pranto parisiense pela nossa partida…

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Segunda-feira, 12/11 – As últimas compritchas tomaram toda a manhã, mas nosso amigo Camèl exigiu(?!) nos dar um presentinho de partida, uma legítima Tarte Tatin feita por ele.  eu imaginei uma tortinha que coubesse na palma da mão, mas quando chegamos lá cheias de sacolas nos deparamos com uma torta tamanho aniversário 😕 que fazer com essa delícia ainda quentinha?  Levar para o aeroporto, claro… e lá comer, já que não dá pra embarcar  com esse “mimo”. C’etait un “singe”!

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