Como todo ano, lá fui eu pro Rio das Ostras Jazz e Blues Festival. Como todo ano, fiquei apaixonada por um show. Esse ano nem foi uma novidade, pois o Jefferson Gonçalves já tocou naquele palco pelo menos umas duas vezes, mas dessa vez o show dele literalmente levantou a platéia, que curtiu a sonzeira até debaixo d’agua, pois caiu uma tempestade no final do show que não foi suficiente pra esmorecer o ânimo da platéia
Só que dessa vez ele fez um show em parceira com um baixista cearense de 13 (tre-ze!!!!) aninhos, que já é uma estrela supernova, arrasa num palco grande como gente grande: o Pipoquinha.
A proposta do show é juntar a sonoridade azul do Mississipi com a batida auriverde de Pernambuco, e não é que deu certo?
Teve ainda um show dele no palco da Lagoa do Iriry, à tarde, sob sol forte, e foi o mesmo sucesso. Fiquei esperando tocar uma música menos ótima pra ir embora e não consegui sair.
Na verdade a grande atração do festival era o bacanérrimo Spyro Gyra, que mostrou um som redondinho e suingado, com uma simpatia quase brazuca
O troféu simpatia ficou com uma moça tímida, parecida com a Cássia Eller no início da carreira, mas uma voz de responsa, a Wendy Lewis, que tocou com o Trio Bad Plus
Mas a grande revelação pra mim foi a Big Time Orchestra, de Curitiba, que compareceu comme il faut, e botou o povo todo pra dançar. Pena que minha máquina teve um piripaque nessa noite…
Viva o iutube dos outros, que permite roubos descarados, némess?
E viva a prefeitura de Rio das Ostras que produz esse festival tão legal, 0800, num espaço aberto a quem quiser chegar. Tomara que tenha mais ano que vem.