ConVnVenção relâmpago no Caribe

maio 12, 2009

Convencao Caribe

Estava eu rendendo minha homenagem àquelas águas transparentes quando encontro…o Arthur!  Em San Andrés, na Colômbia!  Que surpresa boa 😀

Mapa do Quiosque

março 2, 2009

O mapa do email tá muito malcriado, então vou publicar aqui.  Peço desculpas ao autor, que nem imagino quem seja.  O Palaphita Kitch é o nº 20, logo depois do Parque do Cantagalo.  Espero todo mundo lá pro “puer del suel”, se suel houver 😀

img_mapadosquiosques1

Mr. Grover em Carrancas

fevereiro 25, 2009

Tenho um amigo de 8 anos que me incumbiu de uma missão complicada: levar um bonequinho pra passear e tirar fotos. 

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Assim como no  filme “Amélie Poulain”, em que um anão de jardim dá a volta ao mundo, chegou às minhas mãos um chaveirinho fofo, com o nome do professor do meu amiguinho, Mr. Grover, e eu deveria levá-lo a lugares históricos ou interessantes.  

Lá foi Mr. Grover comigo pra Carrancas, disneilândia das cachoeiras. 

Carrancas fica mais ou menos no sul de Minas, perto de São João del Rey, e tem a mesma formação geológica que a Serra da Canastra, com muitas cavernas e cachoeiras de água puríssima…

Cachoeira da Fumaça

Cachoeira da Fumaça

É um marco importante no roteiro da Estrada Real…

marco da Estrada Real

…mas depois do declínio do ciclo do ouro ficou recolhida à produção agropecuária…

cavalinhos1

 …com muitas florestas de eucaliptos.

bosque de eucaliptos

bosque de eucaliptos

Carrancas tem cachoeiras paradisíacas, já foi cenário de novelas e conserva um ar pacato que já é difícil de detectar nas cidadezinhas mais próximas de grandes centros.

trilhos
A região foi rica em fazendas coloniais, de plantações de café e, dizem as más línguas, criadouro de escravos.
Fazenda Bananal, 300 anos

Fazenda Bananal, 300 anos

Nossa pousada é uma graça…
equipe
 tem umas redes aconchegantes e uma comidinha ótima
jardim-da-pousada
Mas o mais divertido na região são os “passeios molhados”, quédizê, as trilhas para as cachoeiras.  Começamos com a mais próxima da cidade, o poço do Moinho:
Cachoeira do Moinho

Cachoeira do Moinho

Essa cachoeira fica numa trilhinha de dez minutos, e tem uma queda deliciosa.  Fica bem pertinho de uma formação rochosa esculpida pela água com o singelo nome de poço do Coração
Poço do Coração

Poço do Coração

Imagina um ofurô…gelado?!?!!!!  Ainda assim é muito bom.
contemplando
O caminho pra cada poço já vale o passeio.  Dá vontade de parar e curtir cada fiapinho de água…
Arbusto carvoeiro

Arbusto carvoeiro

As trilhas são enfeitadas por uma vegetação já de cerrado…
Jequitibá Rosa GIGANTE

Jequitibá Rosa GIGANTE

Olha o Mr. Grover lá no tronco…

  juliano-e-tatu

Espia quem veio nos dar as boas vindas!!!
No final da dura jornada, nada como uma paradinha pra descansar…
Taberna dos Inconfidentes

Taberna dos Inconfidentes

Carrancas não tem nenhum restaurante hypado nem bistrozinho charmoso, mas a comida mais gostosa é no Posto de Gasolina (!!!!!).  É um PF pra caminhoneiro nenhum botar defeito, com uma salada fresquíssima: a mulher do dono tem uma hortinha, é bom reservar a “janta”, ela colhe tudo à tardinha e o feijão é inesquecível.  Por ridículos R$ 11,00 (ON-ZE RE-AIS!!!!).

Dia seguinte, vamos pro Complexo da Zilda: um parque temático de cachoeiras, quedas d’água e riachinhos pra agradar qualquer fluviófilo, é programa pro dia todo, um monte de coisas pra ver…

Chegada à Zilda

Chegada à Zilda

Prainha da Zilda

Prainha da Zilda

Proa da Zilda

Proa da Zilda

Escorrega da Zilda (foto antiga)

Escorrega da Zilda (foto antiga)

(cuidado com o biquíni…)
Cachoeira dos índios (na Zilda)

Cachoeira dos índios (na Zilda)

Caverna da Zilda

Caverna da Zilda

Mas o melhor ficou para o último dia: a Cachoeira da Esmeralda, cuja água justifica plenamente o nome…
Quero um brinco dessa água...

Quero um brinco dessa água...

E o poço do Guatambu, que, segundo nosso guia Reginaldo, quer dizer madeira branca em tupi guarani.  Por mim, podia ser até a tradução de cimento queimado, eu a-do-rei esse lugar…
The Best

The Best

Mas a água podia ser um tiquinho mais quente…
Con-ge-lan-do

Con-ge-lan-do

 No caminho de volta pro Rio ainda fizemos um shop-stop em Tiradentes (é caminho!)

artesanato    beco    matriz

beco-do-padre  cavalinho  via-crucis

Mas aí já é outra viagem, né?

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Já estou sentindo falta daquele monstrinho azul na bolsa, me acompanhando na viagem. 
 

Velib carioca

janeiro 15, 2009
2009 é o ano da França no Brasil, e nós já iniciamos os trabalhos com a visita da Carla Bruni e seu ilustre valete; e  a vinda da nossa web-embaixatriz parisiense, a Maria Lina, do Conexão Paris ao Rio. 
FOto roubada do Filigrana

Foto roubada do Filigrana

Deve ter sido dela a idéia de implantar na Cidade Maravilhosa as simpáticas bicicletinhas da Cidade Luz, as velibs, que a prefeitura mantém à disposição dos habitantes e turistas para pequenos deslocamentos.   Eis que as lindas bikes estão à disposição de quem as queira pedalar pela orla, em pontos determinados, ao custo de R$ 10,00 por dia, debitados do cartão de crédito.  Os passeios são limitados a meia horinha com intervalos de 15 minutos em algum ponto de troca, mas já dá pra fugir do estacionamento indo a Ipanema de bike.

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No saite do SAMBA (solução alternativa para mobilidade por bicicletas de aluguel) é possível se cadastrar para utilizar as bikes, usando o cartão de crédito, com planos de um dia, uma semana e até um ano, fazendo um depósito-caução de R$ 350,00. A liberação e a devolução do equipamento (em qualquer uma das estações) podem ser  feitas através de aparelho celular.
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Não fosse eu apaixonada pela minha latinha velha, só iria passear agora nas bicicletas do prefeito.  Não é uma ótima idéia?

Perfil da latinha velha

Perfil da latinha velha

Que venham agora os croissants e a Maison Chanel. Vive la France!

Programão

janeiro 4, 2009

paz-na-varandinha

O melhor programa possível para um domingo chuvoso,  depois da maratona de final de ano… Feliz 2009 pra você também!

Canastrona!

outubro 8, 2008

A proposta do meu amigo César parecia interessante:  o Carnaval sem Bumbo na Serra da Canastra.  Uma expedição pela famosa serra até a nascente do Rio São Francisco, com direito a muitas cachoeiras pelo caminho, e realmente, ne-nhum apito, bumbo ou tamborim pela frente.  Teria sido um passeio perfeito, se o carnaval não adiantasse o serviço e caísse no começo de fevereiro.  Ora, qualquer habitante do sudeste sabe que essa é a época das monções, como diz meu guru viajante Riq Freire, ou seja, chove implacavelmente.  Nem toda essa chuva abateu o ânimo dos expedicionários.

Saímos no domingo, pra escapar do êxodo carnavalesco, e tomamos chuva pela frente até a chegada a Passos, já no fim da noite.  Foi um estirão de 700 km a passo lento, cautela mais-que-necessária nas estradas com tempo chuvoso.  Chegamos exaustos, e a cidade me pareceu simpaticíssima, principalmente tendo uma cama limpa e sequinha.

O sacrifício da véspera foi compensado pelo passeio à Cachoeira da Maria Augusta, em São João Batista do Glória. 

O caminho passa pela Serra da Babilônia, que deve ser lindíssima com sol

Serra da Bailônia (baixo)

Serra da Bailônia (baixo)

Serra da Babilônia (alto)

Serra da Babilônia (alto)

O guia que nos levou pelo lamaçal pela estrada era o próprio filho da D. Maria Augusta, o que nos dava segurança pra sambar de carro (é, pelo menos os carros sambaram muuuuito).  Foi praticamente um rally de carnaval

Na trilha da cachoeira, as coisas não estavam melhores:

    

Mas a chegada à cachoeira redimiu todas as dificuldades do caminho

Devo registrar também que na casa da Maria Augusta come-se um feijãozinho caseiro pra vó nenhuma botar defeito, mas a fome e a exaustão eram tão grandes que os “bandeirantes” nem lembraram de fotografar.  Barriguinha cheia, bandeirantes contentes

Nossa avidez por cachoeiras não nos permitiu encerrar o dia SOMENTE com essa cascata maravilhosa da Maria Augusta, tão imponente e gelada.  Ao passar no centro da cidade, resolvemos tomar mais um banho

   

(repare a expressão de terror das crianças)

Parêntesis: as fotos mais bacanas desse post são obra do Alessandro Doutor Alê, que conseguia diferenciar até os tipos de joaninhas das trilhas.

Na terça feira avistamos a serra pela primeira vez, com toda sua imponência.  O nome canastra deve-se à sua forma de cesto ou baú

Esse também é o caminho para a parte baixa da Cachoeira Casca D’Anta, onde a força da água mostra tudo de que é capaz

Observação: imagine isso com sol (foto descaradamente roubada da expedição da Mana, numa época mais adequada)

Mesmo assim , o povo aproveitou a energia impressionante do lugar

 

 

Todo mundo energizadim

Ainda nesse dia nós fomos conhecer a Represa de Furnas, com seu belíssimo lago

Pernoitamos em Vargem Bonita, onde aproveitamos pra fazer umas compritchas e degustar uns produtos típicos da região

 Quarta feira de Cinzas, fim do carnaval, começo do passeio no Parque Nacional da Serra da Canastra, ponto alto da nossa expedição.  A estrada estava muito ruim, o que restringiu um pouco nossos objetivos

 

 

A paisagem é muito bonita, mesmo com chuva.  Aliás, temos que agradecer a São Pedro, pois toda vez que nos aproximávamos de uma cachoeira, ele abria uma nesguinha de sol pra esquentar nosso banho por pelo menos meia horinha, valeu, Pedrão!

   

“Velho Chico, vens de Minas

De onde o oculto do mistério se escondeu..”

 

 Será que o Caetano Veloso já veio aqui? A emoção de chegar até a nascente do Rio São Francisco, guardada pela imagem do santinho só se compara à grandeza da foz do mesmo Rio, lá pras bandas de Penedo – Alagoas. 

 

Como é que aquele fiapinho de água, tão transparente, com peixinhos displicentes nadando de lá pra cá, pode percorrer tantos estados, alimentar tanta gente, movimentar o país? Juro que fiquei com a garganta apertada…e aproveitei pra dar um mergulho, né?

 

Não satisfeitos com toda essa energia, aproveitamos o passeio no Parque e fomos à parte alta da Cachoeira Casca D’Anta. 

A trilha é muito bem sinalizada

A neblina criava uma atmosfera de filme de terror misturada com aventura

Completamente diferente dessa plácida banheirinha fotografada num dia de sol, pela minha sensata irmã

Com a alma lavada em água doce, fomos carinhosamente acolhidos na Pousada Barcelos em São Roque de Minas, pelo próprio Professor Barcelos, que mantém uma biblioteca e uma videoteca muito legal pros hóspedes. 

 

O carinho se revelou também na recepção da Cacau

São Roque é uma cidade muito simpática, pois além do Prof. Barcelos, da Cacau e da turma toda da pousada, tem também a Dona Inês, numa casinha sãofranciscana  😳   Mas que deliçura de jantar!!!   Forno a lenha, comidinha como cada um de nós queria, e toda atenção pra todos nós!

   

Deu problema no final…

Nossa expedição seguiu a rota para a Cachoeira do Cerradão, uma das poucas opções seguras que nos restou diante das chuvas e do perigo de trombas d’água, muito comuns nessa época.  Baideuêi, na véspera tínhamos escutado no Jornal Nacional a notícia de seis pessoas mortas numa cachoeira bem próximas de onde estivemos, em São João Batista do Glória.  O perigo é que o povo começa a beber (!) na beira da cachoeira, vem a chuva e traz a cabeça d’água, não dá tempo nem de pular pra uma outra pedrinha  🙄

Tem que prestar MUITA atenção à trilha:

Tinha uma cobra no caminho…No caminho tinha uma cobra…e era coral!

Se eu soubesse que cobras são surdas, teria gritado muuuito, pra avisar o povo, mas limitei-me a deter meus colegas até a cobra seguir o rumo dela, tranquilamente 😳

Mas o banho super valeu a pena, principalmente a idéia de jirico do nosso Capitão, de subir nadando a correnteza, só pra descer boiando nela.  Se eu não tivesse deixado alguns alvéolos lá, teria sido muito legalll

No último dia da expedição tínhamos programado uma ida ao Paraíso Perdido, mas estava fechado, devido ao perigo de tromba d’água, então tiramos uma fotinha só pra registrar a passagem e seguimos

Mas os santos protetores de Anhangüera não iam deixar nosso último dia tão mixuruca, e nós acabamos parando num lugarzinho leeeendow chamado Lago Azul, com a água mais transparente que encontramos em todos os banhos. 

 

É um “clubinho” na beira da estrada, paga-se para entrar, tem até um passeinho de chalana na Represa dos Peixotos, mas nossa alma aventureira não caberia dentro de um barquinho tão comercial naquele momento.

 Assim, fechamos com chave de ouro nossa Expedição à Serra da Canastra, que mesmo com todos os percalços foi uma aventura deliciosa.  A equipe não poderia ser melhor: o bom humor sempre esteve presente; a contribuição de cada um para que tudo desse certo, a experiência de convivermos em harmonia mesmo sendo tão diferentes e aprendermos tanto uns com os outros, na balsa de Passos, na volta, me fizeram lembrar de um poema de um grego de nome complicado (Konstantinos Kavafis)

Viagem à Ítaca

Quando começares tua viagem a Ítaca
pede que o caminho seja longo,
cheio de aventuras, cheio de experiências.
Não temas aos lestrigões nem aos ciclopes,
nem ao colérico Possêidon,
tais seres jamais acharás em teu caminho,
se teu pensar for elevado, se seleta
for a emoção que toca teu espírito e teu corpo.
Nem aos lestrigões nem aos ciclopes
nem ao selvagem Possêidon encontrarás
se não os levares dentro de tua alma,
se não os ergue tua alma diante de ti.
Pede que o caminho seja longo.
Que sejam muitas as manhãs de verão
em que chegues – com que prazer e alegria!-
a portos antes nunca vistos.
Detém-te nos empórios de Fenícia
e mostra-te com belas mercadorias,
nácar e coral, âmbar e ébano
e toda sorte de perfumes voluptuosos,
quanto mais abundantes perfumes voluptuosos possas.
Veja muitas cidades egípcias
a aprender, a aprender de seus sábios.
Tenha sempre Ítaca em teu pensamento.
Tua chegada ali é teu destino.
Mas não apresses nunca a viagem.
Melhor que dure muitos anos
E atracar, velho já, na ilha,
Enriquecido de quanto ganhaste no caminho
Sem esperar que Ítaca te enriqueça.
Ítaca te ofereceu tão bonita viagem.
Sem ela não haverias começado o caminho.
Mas já não tem nada a dar-te.
Ainda que as ache pobre, Ítaca não te enganou.
Assim, sábio como te tornaste, com tanta experiência,
Entenderás já o que significam as Ítacas.
 

 

 

 

 

 

 

Companheiros, obrigada por tudo!

Obs.: Se quiser fazer uma viagem mais séria à Canastra, consulte o blog da Emília, ela tem tooodas as informações necessárias, além de fotos lindas de lá.

Arraial do Cabo – bonita até debaixo d’água

setembro 28, 2008

(aliás, mais bonita embaixo d’água do que na superfície)

Nesse domingo chuvoso, aproveito pra publicar umas fotos “molhadas” tiradas lá em Arraial do Cabo, onde fomos mergulhar na semana passada, pra “batizar” minha querida prima Sheila.

As fotos foram feitas pelo meu amigo e Instrutor Vagner Amstalden  (21-78520950).  Ele que me aguarde, quando eu possuir de novo uma câmera fotográfica, vou tirar umas fotos tão bacanas quanto as dele 😎 Veja só:

Branquio

Nudibranquio

Cavaquinha (comestivel!)

Cavaquinha (comestível!)

Ciliaris

Ciliaris

Estrela vermelha

Estrela vermelha

Gastrópode

Gastrópode

 

Camarãozinho

Lagostim

Tortuga, for Spencer

Tortuga, for Spencer

Tricolor

Tricolor

Trilha

Trilha

Trombeta

Trombeta

Na verdade, o pior pra mim é ficar pa-ra-da, esperando ele fazer as fotos, isto é, convencer o peixe a posar pras lentes dele.  Como eu sou baby scuba, eu fico parecendo o Nemo, batendo as nadadeiras loucamente pra tentar me estabilizar, enquanto ele produz essas belezuras.  Daqui a umas oitocentas horas de mergulho eu também tirarei fotos assim…ou pelo menos vou conseguir ficar parada, né 😉

Pingüins em Porto Seguro?!

agosto 30, 2008

Imagina a cena: você deitado numa espreguiçadeira lé-gi-ti-ma-men-ti  baiana, tomando sua caipifruta, aquele ventinho sonolento, olha pro mar e lá no horizonte vê um cardume(?) de pingüins…DE PINGÜINS????

Poizé, seu agente de viagens não lhe enganou, você não está na Antártida, e sim na Bahia.  O desequilíbrio ecológico faz essas gracinhas, fazendo as pobres aves passearem em Porto Seguro.  Só esse ano já recolheram mais de cem bichinhos de uma só vez.

O IBAMA improvisou um abrigo pra eles se recuperarem até ficarem mais fortinhos e serem repatriados via Salvador, em grupos de dez – deve ser pra eles não se sentirem sozinhos 😳

Foto do Abayuba, correspondente do blog na terra do descobrimento

Foto do Abayuba, correspondente do blog na terra do descobrimento

Será que eles não gostariam de umas bananinhas, mangas e cajus?  Se provarem, acho que acabam ficando por lá mesmo…

ATUALIZAÇÃO: Os pingüins estarão voltando para o sul, graças ao IBAMA…isto é, aqueles que ainda não arranjaram emprego de dançarinos numa barraca de praia, naturalmente 😎

Taryn Szpilman

agosto 27, 2008

O Festival de Jazz e Blues de Rio das Ostras 2008 foi bacanérrimo, como sempre, só que esse ano eu não pude documentar tudo, como no ano passado.

Todo ano eu descubro alguma novidade (pra mim, né?) no “universo azul”.  Dessa vez quem arrebatou meus ouvidos e meu coração foi uma moça linda e gravidíssima (não sei como ela não pariu em cima do palco, com aquela barulheira toda).  Nesse vídeozim ela ar-ra-sa numa versão de Georgia on my Mind.  Vê seu tô certa:

NORONHA ou o que fazer com suas milhas

agosto 2, 2008
Foto da Mega prof Zaira Mateus

Foto da Mega profissa Zaira Mateus

Em tempos de dólar barato, a brasileirada só enxerga Buenos Aires e Santiago em seu cartão de milhagem.  Confesso que meu alvo também era o Chile, mas as previsões mais otimistas postergavam minha semaninha de férias pra final de novembro.  Assim como quem não quer nada, perguntei pra smiles-moça:

– E Noronha, pra quando tem?

– Pro início de julho.

Era dia dos namorados.  Isso é praticamente um milagre aéreo em período de férias escolares.  Tratei de fazer a reserva rapidinho, sem pensar em detalhes.  Quando caiu a ficha de que eu estaria indo de novo pra Fernando de Noronha, minha primeira preocupação foi fazer um curso de mergulho relâmpago em Arraial do Cabo, com o personal-dive-instructor  Vagner Amstalden (21-7852-0950).  Só depois comecei a pensar onde iria passar as noites noronhenses.

 

Foi a parte mais difícil da viagem, as pousadas já estavam agendadas, e as que não estavam, cobravam preços astronômicos pela diária.  Comecei a pesquisar nos blogs amigos do Arthur  e do Viaje na Viagem, e fui seguindo o caminho das pedras, no caso, dos corais 😳 Primeira providência : pagar a taxa do IBAMA online, pra evitar filas no aeroporto de Noronha.

Canhão na Vila dos Remédios

 Grazadeus achei uma pousada simpaticíssima, com precinhos de continente na baixa temporada (R$ 90,00 por pessoa), a Nascer do Sol, que fica bem pertinho do Porto de Sto. Antônio.  Localização perfeita para nossos projetos subaquáticos.

               

Fiquei satisfeita em perceber que a ilha evoluiu bastante desde 1999, mas que pouca coisa mudou.  O principal: as praias continuam intactas.  A diferença é que agora tem um monte de lanchonetes e restaurantinhos legais pra matar a fome depois da praia.  Principalmente tapiocarias. 

Gerador do Porto

Vista do Forte

Vista do Forte

Minha religião é o sol, meus santos de devoção são o mar e a areia limpos.  Como eu já conhecia a ilha, pude me dedicar às minhas preferidas: 

Praia do Cachorro,

a mais próxima da Vila dos Remédios, uma das mais lindas, de águas transparentes como um copo d’água, re-ple-ta de arraias, e point do pôr de sol mais popular entre os turistas. 

Dog' Beach

Dog' Beach

 

Fenda na Praia do Cachorro

Fenda na Praia do Cachorro

 

Laguinho na fenda

Laguinho na fenda

Vista do Morro desde o Buraco do Galego

Praia do Sancho, a grande estrela de Noronha, com um recife de coral à direita, povoado de cardumes coloridos a 5 metros de profundidade, a disneilândia do snorkel.  O acesso da falésia à praia é feito por uma famigerada escadinha encravada na pedra que assusta os turistas mais conservadores.  

Sancho esquerda

Sancho esquerda

Sancho direita

Sancho direita

Praia do Leão, a praia mais linda do Mar de Fora, onde as tartarugas deixam seus ovinhos (bom gosto, o delas…).  Essa praia fica mais perigosa nessa época do ano, pois as ondas ficam mais selvagens, ao contrário das praias do outro lado (Mar de Dentro) 

Praia do Leão

Praia do Leão, com Morro da Viuvinha

 

"O" Leão ... (marinho, né?)

"O" Leão ... (marinho, né?)

O único lerê incontornável foi a caminhada até a Baía dos Porcos, passando pela Cacimba do Padre, pois não há caminho melhor que a própria praia.  Como a passagem para o Sancho pela praia está interditada (atualizando: já não está mais interditada!!!), o clímax da aventura foi deixado para outro dia. 

Praia da Conceição

Praia da Conceição

Caipirinha na praia do Boldró

Caipirinha na praia do Boldró

Mirante do Boldró

Mirante do Boldró

Praia da Cacimba do Padre

Praia da Cacimba do Padre

Morros Dois Irmãos de perfil

Morros Dois Irmãos de perfil

 

Baia dos Porcos

Baía dos Porcos

Berçário de Peixinhos

Berçário de Peixinhos

São Pedro foi muito legal comigo, pois só choveu uma noite, e serviu pra refrescar um pouco, já que o calor lá não dá refresco nem no inverno mesmo. 

 

Aliás, pra quem quer ver peixinhos em enseadinhas tranqüilas, essa é a melhor época pra ir lá, já que a partir de novembro as ondas ficam iradas e os brous invadem a ilha

     

      

Mesmo assim, tem que tomar muito cuidado com os filhotinhos de arraia, que ficam descansando a 5 metros da arrebentação.  Elas são mansinhas, desde que não sejam pisadas 🙄

       

 

O MELHOR DA VIAGEM – Afinal, viemos aqui pra mergulhar ou pra tirar retrato?

Fizemos dois mergulhos, com a operadora Atlantis, que eu recomendo pelo profissionalismo, pela estrutura e pela simpatia do staff.  Cada mergulho sai mais ou menos por R$ 280,00, com roupa, cilindro, lastro, etc, tudo incluído.  VALE CA-DA CEN-TA-VO!!!!

 

O primeiro, na Laje do Morro Dois Irmãos, foi o mais bacana, mas não tinha paparazzi sub naquele dia.  Descemos no meio de um cardume de mini tubarões (lambarús), fomos visitados por arraias chitas e fomos espiar os hábitos de uma enooooorme moréia verde.  Acho que vou voltar a Noronha só pra fotografar essa turma.  (Aliás, minha camera pentax w30, que se achava impermeável, pereceu na Baía do Sancho, e se não fosse a ajuda do Saulo, fotógrafo espertíssimo, esse post não teria uma fotinho sequer).

Ponta da Sapata

Em seguida fomos à Ponta da Sapata, que é o “rabicho” da ilha.  Lá tem uma cavernona e-nor-me que daria uma ótima foto, caso fotógrafa sub eu fosse.  A luminosidade do lugar é emocionante.

O outro dia de mergulho foi no Canal da Rata/Buraco do Inferno, é uma djilíça, pois apesar do esforço pra nadar contra a correnteza, na volta a gente vem flutuando nela, e é como se estivéssemos voando.  Essas fotos foram feitas pela mega-fera-photo-sub Zaira Matheus.

Daniel e Tartaruga

Tartaruga

Eu e o cardume

Cardume vermelho

Mey e a âncora

Âncora

Em Noronha os mergulhos não são feitos em dupla, mas em “cardumes”, com um dive master guia e dois fechando o grupo.  Como lá é um parque marinho, não é permitido portar facas, usar luvas ou tocar nos animais.  Tem uma parada de segurança obrigatória de 3 minutos a 5 metros de profundidade, na subida.  A volta para o barco é feita num ponto diferente da ida, hay que tener paciência pra esperar o dito cujo chegar onde estamos.  Enquanto isso,  as fragatas olham as nadadeiras, pensam que é um cardume meio diferentão e vem conferir de perto, dando rasantes na cabeça dos divers desatentos.

Confesso que fiquei com preguiça de fazer um dos meus passeios prediletos, o passeio de barco.  Ele sai do porto e vai até a Ponta da Sapata, dando uma paradinha de 40 minutos na Baía do Sancho.  O barco é escoltado por golfinhos preocupados em proteger seus filhotes na Baía dos Golfinhos, que provocam OOOOHHHS dos turistas embasbacados com a graça dos rotadores.  Custa R$ 75,00.

 

Dá pra passear pela ilha toda de ônibus.  O bumba é britanicamente pontual, sai de meia em meia hora do Porto em direção ao Sueste e vice-versa.  A passagem custa 3,20 merrecas.  Normalmente o motora deixa você perto da trilha que leva à praia onde você vai se largar o dia todo.  Essas trilhas não passam de 15 minutos a pé.  Claaaaaaaro que tem outras trilhas mais punks, mas meu joelho não deixou eu checar pessoalmente, como por exemplo, a que leva da Praia das Caieiras (berçário de tubarões) 

Praia da Caieira

Praia da Caieira

 até a Praia da Atalaia.  São uns 5 quilômetros de infantaria pelas pedras, mato e picadas; e atualmente é a única maneira de chegar na Atalaia, já que o caminho “automobilístico” foi destruídos pelas chuvas recentes. 

Praia da Atalaia no periodo paleozóico

Praia da Atalaia no período paleozóico

Automobilístico é um termo que não se aplica muito à ilha, já que a rodovia tem só 8 quilômetros.  Qualquer deslocamento de carro não dura mais de 20 minutos, e to-do na-ti-vo tem um buggy pra te alugar, mais ou menos por R$ 100,00 a diária.  Se ficar mais tempo, dá pra negociar.  Eu acho melhor passear a pé, de carona, e nos momentos de estertores, o tal do ônibus.

NHAM NHAM

Uma das recordações mais legais dessa viagem foi um prato de peixe: Atum com Batata Doce, pimenta rosa e especiarias, no Cacimba Bistrô.  Veio acompanhado por um pão caseiro com azeite que me faz pensar em voltar a Noronha, mesmo com chuva 😀

 

Restaurante Cacimba Bistrô

Restaurante Cacimba Bistrô

Além do meu queridinho, o Cacimba Bistrô (que não aceita cartão), adorei o Xica da Silva,

que ficou me devendo um mil folhas de Tapioca, pra próxima vez que eu for lá.  Não gostei do do Buffet Zé Maria (87 pratas por um buffezinho meia boca?!), não consegui pegar a Tratoria da Morena aberta nenhum dia, mas é muito recomendado.  

Outro que me conquistou pelo coração e pela boca foi o Restaurante da Edilma, bem na Vila dos Remédios, com uma comidinha caseira muito honesta e um feijãozinho inesquecível, assim como a simpatia da Shirlene e do Tony, que atendem e operam o Cyberonha.

 

A maioria dos comerciantes aceita cartão de crédito.  O único banco da ilha é o ABN Amro (Banco Real).  Tem um caixinha do Bradesco dentro do Correio, mas só funciona de 09:00 às 12:00.  O povo também aceita cheques.

 

A conclusão a que eu cheguei é que, agora que eu sou uma scuba-bebê, preciso voltar a Fernando de Noronha…logo…sempre…de preferência todo ano 😉 

Por de sol na Praia do Cachorro

Por de sol na Praia do Cachorro

Tchau, Noronha!